O conflito em curso na Faixa de Gaza resulta em 24 soldados israelenses mortos, aumentando a pressão sobre o governo de Benjamin Netanyahu.
Israel enfrentou nesta terça-feira, 23, seu pior dia em termos de baixas militares desde o início dos ataques à Faixa de Gaza em outubro de 2023. De acordo com Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa israelenses, 24 soldados do país morreram no enclave palestino, sendo que uma única munição matou simultaneamente 21 militares. Os demais morreram em outro ataque. O artefato teria atingido um tanque que protegia os militares.
Essa baixa aumentou a pressão sobre o governo de Benjamin Netanyahu, que está sob pressão para encontrar uma solução para este conflito que já dura 109 dias. Apesar do cenário desfavorável, o primeiro-ministro mantém um tom desafiador, afirmando que Israel não parará de lutar até a vitória absoluta.
As mortes dos soldados intensificam a percepção de crise em uma guerra que já é a mais mortífera para Israel em 50 anos. Até agora, o país havia perdido 545 militares desde o início da invasão terrestre de Gaza, em outubro. Em relação aos palestinos, o número de mortos chega a 25.490 desde o início do conflito. O Ministério da Saúde de Gaza divulgou 195 mortes apenas no último dia.
O sul do enclave palestino tem sido palco de combates intensos, após a destruição do norte, onde o Hamas tinha seus centros de comando. Na semana passada, foi lançada uma ofensiva para capturar a cidade de Khan Younis, e, segundo os militares israelenses, a região abriga o principal quartel-general do Hamas.
A ação de Israel em Gaza tem gerado protestos internacionais, com a ONU (Organização das Nações Unidas) falando em massacre e a OMS (Organização Mundial da Saúde) condenando os combates em áreas hospitalares. Além disso, há preocupação com o risco de escalada do conflito, com ataques do Hezbollah na fronteira norte e ações houthis no mar Vermelho.
Os Estados Unidos, maiores aliados de Israel, também pressionam por uma solução pacífica. O presidente Joe Biden defende a criação de um Estado palestino para trazer paz à região, enquanto Netanyahu considera isso impossível em termos de segurança para Israel. Enquanto o drama se desenrola, relatos sobre um possível cessar-fogo se tornam cada vez mais frequentes.
Fonte: Jovem Pan News
Comentários