O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ordenou o recolhimento do embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, em resposta às crescentes tensões diplomáticas.
Em resposta às crescentes tensões diplomáticas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ordenou o recolhimento do embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer. A decisão ocorre após Meyer ter sido convocado por autoridades israelenses para explicar as declarações de Lula, que comparou os ataques israelenses na Faixa de Gaza ao Holocausto.
Lula, durante sua visita de seis dias à África, afirmou em Adis Abeba, na Etiópia, que a situação na Faixa de Gaza é uma guerra entre soldados altamente preparados e mulheres e crianças. Ele comparou a situação ao Holocausto, quando Hitler decidiu matar os judeus.
A declaração de Lula provocou uma forte reação do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Ele disse que Lula “cruzou uma linha vermelha” e convocou o embaixador brasileiro para uma “dura conversa”. Netanyahu criticou as palavras de Lula como vergonhosas e graves, acusando-o de banalizar o Holocausto e tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender.
A decisão de Lula de recolher o embaixador Meyer aprofunda o fosso entre o Brasil e Israel, mas não rompe completamente os laços diplomáticos. Lula viu a convocação de Meyer pelas autoridades israelenses como um desrespeito. Em resposta às declarações de Lula, o Ministério das Relações Exteriores de Israel declarou Lula “persona non grata”, agravando ainda mais a crise diplomática.
A reprimenda do ministério ao embaixador Meyer no Memorial do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém, foi vista como um gesto simbólico do descontentamento de Israel. Ao decidir recolher Meyer, Lula sinaliza que não cederá, apesar das exigências de Israel por um pedido de desculpas. A situação provocou discussões dentro do governo brasileiro, com alguns vendo as ações de Israel como uma tentativa de minar a credibilidade internacional do Brasil.
Fonte: Jovem Pan News
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