Os Estados Unidos vetaram um projeto de resolução da ONU que buscava um cessar-fogo imediato em Gaza, marcando a terceira obstrução do país a uma iniciativa desse tipo desde o início do conflito entre Israel e o Hamas.
Nesta terça-feira, 20, os Estados Unidos vetaram um projeto de resolução da ONU que buscava um cessar-fogo imediato em Gaza. Esta é a terceira vez que os EUA obstruem uma iniciativa desse tipo desde o início do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. A resolução, proposta pela Argélia, exigia um cessar-fogo humanitário imediato e se opunha ao deslocamento forçado da população civil palestina. Recebeu 13 votos a favor, uma abstenção do Reino Unido e o veto dos EUA.
A embaixadora americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que os EUA não poderiam apoiar uma resolução que colocasse em risco as negociações em andamento para alcançar uma trégua. Ela defendeu um esboço alternativo redigido pela diplomacia dos Estados Unidos.
A votação ocorreu enquanto Israel se preparava para uma ofensiva em Rafah, uma cidade de Gaza onde estão refugiadas 1,4 milhão de pessoas. O governo de Benjamin Netanyahu enfrenta pressão para evitar a incursão, inclusive dos EUA, que evidenciaram preocupação com os civis em Rafah.
O texto vetado condenava o ataque do Hamas a Israel em outubro, seguido pela ofensiva israelense que deixou milhares de mortos em Gaza. Os EUA já haviam ameaçado bloquear o projeto de resolução argelino no fim de semana, alegando que poderia prejudicar as negociações em curso. Em vez disso, os americanos apresentaram um esboço alternativo, que menciona um cessar-fogo temporário em Gaza e preocupação com Rafah.
Alguns diplomatas questionaram as intenções dos EUA, levantando a possibilidade de um veto russo a qualquer proposta americana. O Conselho de Segurança, historicamente dividido sobre a questão israelense-palestina, só aprovou duas resoluções desde outubro, sem resultados significativos. O Grupo Árabe da ONU reiterou seu apoio ao projeto argelino antes da votação, declarando que “nenhuma desculpa pode justificar a inércia do Conselho de Segurança e todos os esforços devem convergir para deter a matança em Gaza”.
Fonte: Jovem Pan News
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