O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirma sua posição crítica em relação às ações de Israel na Faixa de Gaza, provocando tensões diplomáticas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, 27, que não se arrepende de suas críticas às ações de Israel na Faixa de Gaza. Segundo Lula, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deseja efetivamente eliminar os palestinos na Faixa de Gaza. Ele considera hipócrita acreditar que “uma morte é diferente da outra”. Lula fez essas declarações em uma entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, da Rede TV!, que será transmitida na íntegra nesta terça-feira à noite, a partir das 22h.
Lula enfatizou que não usou o termo “holocausto” para se referir aos ataques de Israel na Faixa de Gaza, mas disse que “não esperava que o governo de Israel fosse compreender”. Suas declarações, feitas durante a 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana na Etiópia em 18 de fevereiro, causaram desconforto nas relações com o governo israelense. Na ocasião, além de criticar Israel, o presidente também enfatizou que o governo brasileiro apoia a criação de um Estado palestino.
As declarações de Lula foram repudiadas por Netanyahu, que as classificou como “vergonhosas”. O chanceler israelense, Israel Katz, disse que Lula se tornou “persona non grata” no país e exigiu que ele pedisse desculpas, caso contrário, não seria mais bem-vindo ao território. Essa situação destaca as tensões diplomáticas em curso entre Brasil e Israel.
Fonte: Jovem Pan News
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