Binyamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, prometeu acabar com as operações da emissora Al Jazeera em Israel, chamando o veículo de um “canal de terror”.
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, prometeu na segunda-feira (1º) encerrar as operações da emissora Al Jazeera em Israel, a qual ele chamou de um “canal de terror” que incita à violência. A promessa veio após o parlamento aprovar uma lei que abre caminho para o fechamento da emissora. Netanyahu declarou em uma rede social que pretende agir imediatamente em conformidade com a nova lei para encerrar as atividades do canal.
A Al Jazeera, que é propriedade da Al Jazeera Media Network e financiada pelo governo do Catar, é um dos poucos veículos internacionais que permaneceu em Israel durante a guerra contra o grupo terrorista Hamas. Israel tem há muito tempo um relacionamento difícil com a emissora, acusando-a de preconceito contra o país.
As relações entre Israel e a Al Jazeera deterioraram-se ainda mais após a eclosão da guerra em Gaza. Em dezembro, um ataque de Israel resultou na morte de um operador de câmera da Al Jazeera. A emissora condenou a alegação de incitação de Netanyahu como uma “mentira perigosa e ridícula”.
A Al Jazeera afirmou na segunda-feira que responsabiliza Netanyahu pela segurança de seus funcionários e escritórios, e que continuará sua cobertura ousada e profissional. A emissora também declarou que “se reserva o direito de prosseguir com todas as medidas legais”.
O ministro das Comunicações de Israel, Shlomo Karhi, disse que pretende avançar com o fechamento da emissora. Ele afirmou que a Al Jazeera tem agido como um “braço de propaganda do Hamas” ao “incentivar a luta armada contra Israel”.
Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, disse que os Estados Unidos nem sempre concordam com a cobertura da Al Jazeera, mas respeitam o seu trabalho. Ele afirmou: “Apoiamos a imprensa livre e independente em qualquer lugar do mundo”. A Al Jazeera já foi fechada ou bloqueada por outros governos do Oriente Médio, incluindo Arábia Saudita, Jordânia, Emirados Árabes Unidos e Egito.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Fonte: Jovem Pan News
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