O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apresentou nesta sexta-feira (31) um plano israelense de três fases para encerrar o conflito na Faixa de Gaza, que inclui um cessar-fogo e a libertação dos reféns em poder do Hamas. “Não podemos deixar passar este momento” para chegar a um acordo, disse Biden em um discurso na Casa Branca, no qual instou o grupo islamista palestino Hamas a “aceitar o acordo”. A proposta foi considerada positiva pelo grupo islâmico. “O Hamas valoriza de maneira positiva o que foi incluído no discurso de hoje do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre um cessar-fogo permanente, a retirada das forças israelenses de Gaza, a reconstrução e a troca de prisioneiros”, indicou o movimento islamista palestino em um comunicado, após quase oito meses de guerra. A guerra entre Israel e o grupo islâmico Hamas, que acontece desde o dia 7 de outubro, já deixou ao menos 36.284 morto no enclave palestino. Saiba como funcionará, caso aprovado, os elementos-chave do “plano integral”, que Biden chamou de “mapa do caminho para um cessar-fogo duradouro”, após mais de oito meses de conflito.
Segundo o democrata, a primeira fase inclui “um cessar-fogo total e completo” de seis semanas, com a retirada das forças israelenses “de todas as áreas povoadas da Faixa de Gaza”. O Hamas libertaria “vários reféns” capturados nos ataques de 7 de outubro contra Israel, incluindo mulheres, idosos e feridos. Os restos mortais de alguns reféns assassinados também seriam devolvidos. Os reféns americanos em poder do Hamas também seriam libertados, em troca da soltura de centenas de prisioneiros palestinos. Os civis palestinos seriam autorizados a retornar para seus lares na Faixa de Gaza, inclusive no norte, após meses de bombardeios.
A ajuda humanitária “aumentaria” para 600 caminhões diários, enquanto a comunidade internacional forneceria centenas de milhares de abrigos temporários e unidades habitacionais. Durante a fase inicial de seis semanas, Israel e o Hamas “negociariam os acordos necessários para alcançar a fase dois, que é o fim permanente das hostilidades”. O cessar-fogo também se ampliaria.
Na segunda fase, que duraria mais seis semanas, as forças israelenses procederiam com uma retirada total da Faixa de Gaza. O Hamas libertaria “todos os reféns restantes”, incluindo soldados israelenses do sexo masculino. Esse foi um ponto crítico para o grupo islamista no passado. Se ambas as partes cumprirem o acordo, isso levará ao “fim das hostilidades de forma permanente”, ressaltou Biden.
Poderia ter início um grande plano de reconstrução e estabilização da Faixa de Gaza, apoiado pelos Estados Unidos e pela comunidade internacional. Escolas, hospitais e residências, entre outros prédios, seriam reconstruídos. Biden disse que trabalhará com parceiros regionais para garantir que isso seja feito de forma que “não permita o rearmamento do Hamas”. A fase de reconstrução pode levar de três a cinco anos, segundo uma autoridade americana. Os restos mortais dos reféns assassinados seriam devolvidos na terceira fase.
*Com informações da AFP
Fonte: Jovem Pan News
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