Minutos após o ministro do Gabinete de Guerra israelense, Benny Gantz, anunciar a já esperada renúncia, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reprovou a atitude por entender que “é hora de unir forças” e não de abandonar por causa de discordâncias sobre a condução da guerra na Faixa de Gaza. “Israel está em uma guerra existencial em várias frentes. Benny (Gantz), este não é o momento de abandonar a campanha, este é o momento de unir forças”, disse Netanyahu na rede social X, na qual lembrou que a ofensiva continuará até a vitória. Além disso, Netanyahu lembrou que as portas continuam abertas para “qualquer partido sionista” que queira colaborar para derrotar os “inimigos e garantir a segurança” dos cidadãos de Israel. O ministro da Segurança Nacional, o colono e antiárabe Itamar Ben Gvir, aproveitou a situação para solicitar um lugar no Gabinete de Guerra, até agora composto exclusivamente por Gantz, Netanyahu e o ministro da Defesa, Yoav Gallant, como membros votantes.
Por sua vez, o chefe da oposição israelense, Yair Lapid, considerou a ação de Gantz “importante e correta” e reiterou a necessidade de criar um “governo sensato que levará ao retorno da segurança aos cidadãos de Israel, ao retorno dos sequestrados, à restauração da economia e à posição internacional de Israel”. Benny Gantz anunciou sua renúncia ao governo de emergência neste domingo, com o argumento de que o primeiro-ministro está impedindo uma “vitória real”. Essa saída tem um peso mais simbólico do que prático, já que a coalizão de Netanyahu mantém sua maioria de 64 assentos no Knesset (parlamento israelense), mas coloca mais pressão sobre o primeiro-ministro, já que Gantz é uma das figuras políticas mais valorizadas em Israel e inclusive lidera a maioria das pesquisas eleitorais.
*Com informações da EFE
Fonte: Jovem Pan News
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