O prazo para a campanha eleitoral na Venezuela termina nesta quinta-feira (25), com a votação marcada para o próximo domingo. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil e as autoridades brasileiras decidiram não enviar observadores para Caracas, assim como o ex-presidente argentino Alberto Fernández, desconvidado pelo governo venezuelano. No entanto, observadores da ONU e do Centro Jimmy Carter dos Estados Unidos estarão presentes para monitorar o processo eleitoral. Os dois principais candidatos ainda realizarão eventos de campanha nesta quinta. O atual presidente Nicolás Maduro participará de um evento em uma empresa petrolífera em Maracaibo, uma das cidades mais afetadas pela crise econômica, e encerrará sua campanha com um comício no centro de Caracas. O candidato da oposição, Edmundo González, que lidera as pesquisas com uma vantagem de 25 a 30 pontos percentuais, fará um comício no bairro de Las Mercedes, em Caracas, ao lado de Maria Corina Machado, líder da oposição que não conseguiu se inscrever para a disputa.
Há dois cenários possíveis para o resultado das eleições. No caso de uma vitória de Edmundo González, o governo Maduro pode aceitar a derrota e permitir uma transição pacífica de poder, ou tentar interferir no processo, o que poderia desencadear protestos. Se Maduro vencer, a oposição provavelmente alegará fraude, o que pode aumentar a pressão internacional e as sanções contra a Venezuela, exacerbando a já profunda divisão na sociedade venezuelana. A situação política e social no país é frágil, com o apoio das forças armadas ao governo chavista diminuindo, o que pode dificultar a repressão a manifestações da oposição.
Publicado por Luisa Cardoso
Fonte: Jovem Pan News
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