A Polícia Federal indiciou o deputado federal André Janones, do Avante de Minas Gerais, sob a suspeita de corrupção passiva, peculato e associação criminosa, no contexto das chamadas “rachadinhas”. O indiciamento foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, onde a PF alega que Janones pode ter se beneficiado da devolução de parte dos salários de dois de seus assessores, que também foram indiciados. Um dos assessores é acusado de ter quitado despesas de um cartão de crédito utilizado por Janones. De acordo com a investigação, Janones é considerado o principal articulador do esquema criminoso. A PF afirma que as evidências coletadas demonstram a ilegalidade de suas ações.
O caso ganhou notoriedade após a divulgação de um áudio de 2019, no qual Janones instruía seus assessores a devolverem parte de seus salários para aumentar seu patrimônio pessoal. Dois ex-assessores de Janones confirmaram a existência do esquema de “rachadinha”. O deputado conseguiu evitar um processo no Conselho de Ética da Câmara, com base em um parecer que alegava que as suspeitas se referiam a mandatos anteriores, embora essa interpretação não tenha respaldo na jurisprudência.
O relatório da PF revela que Janones utilizou um cartão de crédito adicional, que estava registrado em nome de um de seus assessores, para transferir parte dos salários. Os gastos desse cartão, que ultrapassaram R$ 1 milhão em um período de quatro anos, foram pagos pela conta do assessor, o que sugere a devolução dos salários. O outro assessor indiciado, Alisson Alves Camargos, teria realizado saques em dinheiro logo após receber seus salários. Além disso, a PF identificou variações patrimoniais não explicadas nos anos de 2019 e 2020.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Keller
Fonte: Jovem Pan News
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