O Exército israelense anunciou neste sábado (21) que fez novos bombardeios contra posições do Hezbollah no Líbano neste sábado, um dia após um ataque contra o movimento islamista libanês perto da capital, Beirute. “O Exército israelense está atualmente bombardeando posições pertencentes à organização terrorista Hezbollah no Líbano“, afirmou o Exército em um comunicado, no qual afirmou que pelo menos 16 combatentes da milícia pró-Irã morreram no ataque do dia anterior. O grupo libanês confirmou a morte de um segundo comandante perto de Beirute, capital do Líbano, no qual mais de 30 pessoas morreram, um duro golpe para o movimento islamita libanês após as explosões de seus dispositivos de comunicação. Em razão desses ataque, primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, disse que não irá a Nova York para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) devido aos “contínuos atos de violência” de Israel.
O gabinete de Mikati informou que ele faria um discurso no fim deste mês nas Nações Unidas, mas agora ele discutirá os movimentos diplomáticos do país com o ministro das Relações Exteriores, Abdallah Bouhabib, que está atualmente em Nova York “Não há outra prioridade no momento além de parar os massacres cometidos pelo inimigo israelense”, disse Mikati, um dia após um ataque aéreo israelense em Beirute ter matado 37 pessoas e ferido 68. Ele pediu, ainda, a elaboração de leis internacionais que impeçam o uso de dispositivos tecnológicos civis para fins militares. As declarações ocorreram após milhares de pagers e walkie-talkies explodirem em diferentes partes do Líbano, matando 39 pessoas e ferindo quase 3 mil membros do grupo Hezbollah. Israel foi acusado pelo ataque.
O alto comissário da ONU para os direitos humanos, Volker Türk, alertou que o direito internacional “proíbe” o uso de dispositivos “explosivos” que aparentam “inofensivos” e considerou “um crime de guerra cometer atos de violência destinados a semear o terror entre a população civil”. Após o bombardeio de sexta-feira perto de Beirute, o Exército israelense garantiu que não pretendia aumentar as tensões regionais. “Não pretendemos uma escalada na região”, declarou o porta-voz militar Daniel Hagari. Até agora, os principais objetivos de Israel eram a destruição do Hamas, no poder em Gaza desde 2007, e o retorno dos reféns ainda detidos no território palestino. A ONU declarou-se “muito preocupada” com a situação e apelou a “todas as partes para uma desescalada imediata” e “máxima contenção”, enquanto a guerra na Faixa de Gaza avança em direção ao Líbano. No território palestino, sitiado desde o início da ofensiva de Israel contra o Hamas há quase um ano, a Defesa Civil anunciou neste sábado a morte de pelo menos 19 pessoas em um bombardeio israelense contra uma escola na Cidade de Gaza, abrigo de deslocados.
*Com informações das agências internacionais
Publicado por Sarah Américo
Fonte: Jovem Pan News
Comentários