Pelo menos 15 pessoas morreram e outras 20 ficaram feridas em uma série de bombardeios lançados ontem à noite contra posições de milícias pró-Irã nas cidades sírias de Deir ez-Zor e Abu Camal, na fronteira com o Iraque, segundo informou neste domingo o Observatório Sírio de Direitos Humanos. A ONG, com sede no Reino Unido, mas que conta com uma vasta rede de colaboradores no terreno, afirmou que os ataques foram perpetrados por caças de origem desconhecida, sem poder esclarecer se eram americanos ou israelenses. Os ataques aéreos tiveram como alvo uma hospedaria para membros da Guarda Revolucionária iraniana na aldeia de Al Hari e dois depósitos de armas na aldeia de Al Hizam, bem como outro depósito na aldeia de Al Suwaya, segundo o Observatório.
Em Deir ez-Zor, os ataques tiveram como alvo o quartel-general militar da Guarda Revolucionária. Ainda não se sabe se há civis entre as vítimas. Após os bombardeios, ocorreram confrontos entre as Forças da Síria Democrática – grupo apoiado pelos Estados Unidos e constituído majoritariamente por curdos sírios — e organizações locais apoiadas pelo Irã entre as margens do rio Eufrates. A rede ativista Deir ez-Zor 24 relatou na sua conta oficial na rede social X que os ataques foram lançados pela coalizão internacional presente em solo sírio. Nem os Estados Unidos nem Israel comentaram esta informação.
O ataque ocorre pouco depois de um drone suicida pertencente a milícias pró-Irã ter atacado ontem o campo de gás de Kóniko, onde estão posicionadas tropas americanas da coalizão internacional, no leste da Síria, na sequência da confirmação do assassinato por Israel do líder do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah. Desde o ano passado, uma amálgama de formações pró-Irã, baseadas no Iraque, realizou dezenas de ações contra instalações com presença dos EUA em ambos os lados da fronteira Síria-Iraque, incluindo lançamentos de mísseis e bombardeios de drones.
*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte
Fonte: Jovem Pan News
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