O ministro da AGU (Advocacia Geral da União), Jorge Messias, expressou sua oposição ao projeto de anistia destinado aos participantes dos atos ocorridos em 8 de janeiro. Esta proposta, que ainda não iniciou formalmente sua tramitação na Câmara dos Deputados, já enfrenta resistência significativa por parte do governo, que a considera inconstitucional. Messias indicou que, caso a questão avance no Congresso Nacional, poderá ser necessário recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal). Ele enfatizou que os manifestantes daquele domingo não estavam em defesa da democracia, e que qualquer tentativa de anistiar os envolvidos é um “desrespeito para aqueles que lutam pela preservação democrática”.
O advogado-geral da União sublinhou que os indivíduos processados e condenados por suas ações devem cumprir suas penas. Em sua análise jurídica, a proposta de anistia não se sustenta constitucionalmente. Os danos infligidos aos edifícios dos Três Poderes, incluindo o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, ultrapassaram a marca de R$ 100 milhões. Vidraças foram quebradas, obras de arte e móveis sofreram destruição. Messias argumentou que a sociedade não pode desconsiderar “21 anos de luta pela democracia”, e que qualquer projeto de anistia para os condenados é motivo de indignação.
Além disso, Jorge Messias destacou que nada pode existir sem o estado democrático de direito, e que todos os direitos dos cidadãos dependem desse princípio fundamental. Ele reforçou a importância de manter a integridade das instituições democráticas e a necessidade de responsabilizar aqueles que atentaram contra elas. A posição do governo é que não há espaço para anistia em casos que ameaçam a democracia e a ordem constitucional do país. Enquanto o governo se posiciona contra a proposta, alegando sua inconstitucionalidade e o risco que representa para a ordem democrática, o debate continua a reverberar no cenário político.
*Com informações de Luciana Verdolin
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan News
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