Documento será analisado pelo STF e inclui indiciamento de 37 pessoas; PGR tem 15 dias para se manifestar
A Polícia Federal finalizou um relatório de 800 páginas que investiga o suposto envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outras 36 pessoas em um plano para golpe de Estado. O documento, que levou quase dois anos para ser concluído, foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21).
O caso será inicialmente avaliado pelo ministro Alexandre de Moraes, que deverá encaminhar o relatório para análise da Procuradoria Geral da República (PGR) na próxima semana. Caberá ao procurador Paulo Gonet, da PGR, decidir sobre os indiciamentos, que poderão ser realizados de forma individual ou em bloco, estratégia que tem gerado debate entre juristas.
Devido à complexidade do relatório, dividido em seis núcleos (desinformação, jurídico, operacional de apoio às ações golpistas, inteligência paralela e operacional de cumprimento de medidas coercitivas), o andamento do caso pode se estender até o início do próximo ano, especialmente com a aproximação do recesso do Judiciário em dezembro.
A Procuradoria Geral da República tem um prazo de 15 dias para se manifestar sobre o indiciamento. O desfecho inicial, no entanto, é esperado apenas após o recesso.
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