Presidente americano sugere construção de “comunidades seguras” fora do território, gerando críticas internacionais
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira (10) que os palestinos não teriam direito de retorno à Faixa de Gaza sob sua proposta de controle do território pelos EUA. Segundo ele, a ideia é transformar a região em um “empreendimento imobiliário para o futuro”, oferecendo moradias supostamente melhores em outros locais.
“Não, eles não teriam [direito de retorno], porque terão moradias muito melhores,” afirmou Trump em entrevista à Fox News. O presidente sugeriu a transferência dos palestinos para o Egito e a Jordânia, devido à destruição causada por 15 meses de guerra em Gaza, uma proposta rejeitada por ambos os países árabes.
Trump também disse que os EUA construiriam “comunidades lindas e seguras” para mais de dois milhões de palestinos, longe da atual zona de conflito. “Seria uma terra linda. Não seria necessário gastar muito”, destacou, comparando o projeto a um investimento imobiliário.
A proposta foi elogiada pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que a classificou como “revolucionária”, enquanto líderes internacionais, como o chanceler alemão Olaf Scholz, a criticaram duramente, considerando-a “inaceitável e contrária ao direito internacional”.
A iniciativa ameaça o frágil cessar-fogo de seis semanas entre Israel e o Hamas, além de gerar tensão nas negociações para uma trégua mais duradoura.
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