O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta sexta-feira (14) que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, não será contrária à exploração de petróleo na Bacia Foz do Amazonas, ressaltando a necessidade de que essa atividade ocorra de maneira sustentável. Lula criticou a lentidão do Ibama em aprovar os processos necessários para a Petrobras, defendendo que a exploração é crucial para compensar a produção do pré-sal.
“Tenho certeza que a Marina jamais será contra porque ela é uma pessoa inteligente. Não é que ela não queira fazer, mas é ver como fazer, como não ser predatório com nossa querida amazônia”, disse o presidente.
A ministra Marina já havia comentado sobre o plano. Ela declarou que só a análise técnica do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) conseguirá determinar se é sustentável, ou não, realizar o empreendimento sugerido por Lula. O presidente considerou “lenga-lenga” por parte do órgão ligado à pasta ambiental para liberar o início dos procedimentos no poço almejado pela Petrobras.
Por outro lado, ambientalistas expressam preocupações de que a abertura de novas áreas para a exploração de petróleo possa intensificar o aquecimento global, especialmente em uma região considerada ecologicamente sensível. Lula reconheceu a importância de encontrar um equilíbrio entre as demandas econômicas e a preservação ambiental, afirmando que a exploração deve atender a todos os critérios ambientais para evitar impactos negativos.
“A gente tem que fazer uma mediação entre os contra e a favor e pensar na necessidade do Brasil. Isso é bom ou ruim para a economia? Eu sonho no dia que a gente não vai mais precisar de combustível fóssil. Nesse aspecto ninguém vai dar lição no Brasil. Eu não quero que a exploração venha causar qualquer dano no meio ambiente. Por isso a gente quer que a Petrobras cumpra todos os requisitos ambientais, e consiga evitar qualquer desgraça como aconteceu no Golfo do México”, completou Lula.
O presidente também abordou a ambição de alcançar o desmatamento zero até 2030 e comentou sobre a escolha de Belém como sede da COP30. Ele destacou que o evento deve tratar das responsabilidades ambientais, enfatizando que não pretende “enfeitar” a cidade para a cúpula, e que os participantes devem estar prontos para enfrentar diferentes condições de hospedagem.
A organização da COP30 enfrenta desafios significativos, especialmente em relação à disponibilidade de hospedagem, com uma expectativa de 40 mil participantes. Recentemente, Lula esteve na região Norte, onde participou de eventos em Macapá e Belém, reforçando seu compromisso com as questões ambientais e a importância do evento internacional.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Victor Oliveira
Fonte: Jovem Pan News
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