Supremo busca concluir processo antes das eleições de 2026 para evitar impacto no cenário político
A Procuradoria Geral da República (PGR) denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas sob a acusação de tentativa de golpe de Estado. O caso, de grande repercussão nacional, está sendo tratado com prioridade pela primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que pretende concluir o julgamento até o final deste ano.
A preocupação do STF, conforme explicou o professor de direito constitucional Gustavo Sampaio, é evitar que o processo interfira no debate eleitoral de 2026. Para isso, a Corte pode priorizar os atos processuais dessa denúncia, adiando outras pautas. Já o advogado Enzo Fachini defende que o julgamento ocorra no plenário do STF, com a participação dos 11 ministros, para evitar questionamentos sobre a imparcialidade do relator, Alexandre de Moraes.
A defesa dos acusados enfrenta dificuldades, especialmente após a derrubada do sigilo da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Fachini aponta que, caso condenados, as chances de recurso são mínimas, o que pode levar à prisão imediata do ex-presidente e demais envolvidos.
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