Quarta-feira, Março 5, 2025
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STF deve concluir julgamento das emendas parlamentares nesta quarta

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O Supremo Tribunal Federal (STF) deve concluir nesta quarta-feira (5) o julgamento sobre a transparência das emendas parlamentares, um tema que tem gerado intensos debates no cenário político brasileiro. A decisão do Ministro Flávio Dino, que propôs um plano de homologação para a transferência e rastreabilidade dessas emendas, foi aceita por unanimidade pelos ministros da corte. Este julgamento, iniciado na última sexta-feira (28) em plenário virtual, visa implementar critérios mais rigorosos para as emendas incluídas no orçamento anual da União a partir de 2025. Com a decisão, o pagamento das emendas será liberado após a homologação do STF, resultado de um acordo entre a Suprema Corte, o Congresso Nacional e o Executivo.

A partir de agora, o repasse de emendas parlamentares exigirá justificativas claras, identificando o parlamentar responsável e a entidade beneficiada. No entanto, algumas emendas permanecem bloqueadas, como aquelas destinadas a ONGs e entidades do terceiro setor que foram alvo de auditoria da Controladoria Geral da União, além de recursos para a saúde que não estão regularizados em contas específicas. O impasse sobre as emendas parlamentares remonta a 2022, quando o STF declarou a inconstitucionalidade das emendas de RP e RP9, conhecidas como orçamento secreto. Em resposta, o Congresso prometeu novas regras, mas o partido PSOL questionou a irregularidade da transparência dessas emendas, levando à suspensão de várias delas pelo Ministro Flávio Dino.

A decisão do STF tem implicações significativas para a política brasileira, destacando a necessidade de maior fiscalização e transparência no uso das emendas parlamentares. O valor dessas emendas tem crescido substancialmente, passando de R$ 6,1 bilhões em 2014 para uma previsão de R$ 52 bilhões em 2025. A homologação dos novos critérios pelo STF busca garantir um controle mais rigoroso sobre esses recursos, que têm sido usados como ferramenta de negociação política pelo governo.

Publicado por Luisa Cardoso

Fonte: Jovem Pan News

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