Conflito direto entre Israel e Irã já deixou mais de 200 mortos; Trump exige rendição iraniana e ameaça líder supremo
O conflito entre Israel e Irã atingiu um novo patamar nesta quarta-feira (18) com bombardeios israelenses contra centros de produção de centrífugas de urânio em Teerã. A ação gerou forte reação do líder supremo iraniano, Ali Khamenei, que prometeu uma resposta dura.
“Não teremos clemência com os sionistas”, declarou Khamenei em uma publicação na rede social X, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que deseja uma “rendição incondicional” do Irã. Trump também ameaçou diretamente Khamenei, sugerindo que ele poderia ser morto.
O conflito começou na sexta-feira passada, quando Israel bombardeou alvos no Irã, justificando a ofensiva como uma ação preventiva para impedir o avanço do programa nuclear iraniano — que Teerã insiste ser pacífico. Desde então, as negociações diplomáticas entre os EUA e o Irã foram interrompidas.
Na madrugada desta quarta-feira, a Guarda Revolucionária Iraniana anunciou um ataque com mísseis hipersônicos Fattah-1 contra Israel, além do lançamento de drones. Segundo militares israelenses, a maioria dos mísseis foi interceptada, e dois drones foram derrubados na região do Mar Morto.
O Exército israelense informou ainda que perdeu um drone, abatido por um míssil terra-ar iraniano, e que lançou mais de 50 aeronaves para atacar instalações de produção de armas e componentes de mísseis em Teerã. Explosões foram registradas na capital iraniana, segundo a agência Mehr.
A escalada já soma 224 mortes no Irã e 24 em Israel, além de dezenas de feridos e destruição de infraestrutura. Longas filas em postos de gasolina e padarias foram vistas em Teerã, reflexo do medo da população com a continuidade dos bombardeios.
Os EUA, embora neguem envolvimento direto nos primeiros ataques, reforçaram sua presença militar na região, enviaram o porta-aviões Nimitz e fecharam temporariamente a embaixada em Jerusalém por segurança. Trump, por sua vez, afirmou que os Estados Unidos controlam o espaço aéreo iraniano e mantém pressão total por uma rendição do regime de Teerã.
Israel também iniciou o retorno de cidadãos que estavam bloqueados no exterior após o fechamento do espaço aéreo no início do conflito. Estima-se que entre 100 mil e 150 mil israelenses estejam sendo repatriados.
O risco de uma guerra em larga escala cresce, enquanto o mundo observa apreensivo a troca de ameaças e bombardeios no Oriente Médio.




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