Ex-presidente terá recolhimento noturno e está proibido de usar redes sociais e falar com diplomatas, segundo decisão do STF
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou com “surpresa e indignação” diante das medidas cautelares impostas a ele na manhã desta sexta-feira (18). Os advogados consideraram as determinações “severas” e afirmaram que Bolsonaro sempre cumpriu as ordens da Justiça. A equipe jurídica também declarou que ainda não teve acesso à decisão e deve se pronunciar “no momento oportuno”.
Bolsonaro foi alvo de mandados cumpridos pela Polícia Federal (PF) e teve novas medidas restritivas determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica e o recolhimento domiciliar entre 19h e 7h durante a semana, e tempo integral nos finais de semana. Ele também está proibido de utilizar redes sociais e de se comunicar com diplomatas e embaixadores estrangeiros.
A PF também realizou buscas em endereços ligados ao Partido Liberal (PL). Para os investigadores, Bolsonaro estaria tentando interferir no andamento da ação penal que trata da tentativa de golpe de Estado, processo sob relatoria de Moraes no STF.
Confira as restrições impostas:
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Uso de tornozeleira eletrônica;
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Recolhimento domiciliar noturno e nos fins de semana;
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Proibição de falar com diplomatas e outros réus/investigados;
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Proibição de acessar redes sociais.
A Polícia Federal aponta que essas atitudes podem configurar crimes como obstrução de Justiça, coação no curso do processo e ataque à soberania nacional. Além disso, Bolsonaro permanece sem passaporte desde fevereiro deste ano, quando foi alvo da Operação Tempus Veritatis. A defesa tentou reaver o documento quatro vezes, mas todos os pedidos foram negados por Moraes.
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