TSE deve julgar aliados de Bolsonaro enquanto ex-presidente responde à ação no STF

TSE - Tribunal Superior Eleitora

Jorge Seif e Antonio Denarium enfrentam risco de perda de mandato; outros aliados também estão sob investigação

Enquanto Jair Bolsonaro responde a uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se prepara para julgar, ainda neste semestre, ações de cassação contra dois aliados do ex-presidente. O senador Jorge Seif (PL-SC) e o governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), estão no foco da corte eleitoral. Ambos esperam que a situação seja resolvida este ano, já que têm planos de se candidatar em 2026.

Esses processos já foram pautados para julgamento no ano passado, mas foram retirados. Em 2024, a prioridade do TSE era avaliar casos relacionados à campanha eleitoral municipal. Agora, o tribunal analisará os recursos apresentados contra decisões dos tribunais regionais eleitorais.

Seif foi inicialmente absolvido da acusação de abuso de poder econômico nas eleições de 2022. O TSE decidirá se mantém a decisão ou se cassará o mandato do senador. De acordo com integrantes do tribunal, há possibilidade de absolvição devido à falta de provas. Ele foi acusado de ter recebido a doação irregular de um helicóptero para eventos de campanha, além de financiamento proibido por uma entidade sindical.

Denarium, por sua vez, teve seu mandato cassado pelo TRE de Roraima por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022. Entre as irregularidades apontadas, destaca-se o uso de programas sociais do governo estadual para fins eleitorais.

Outros dois aliados de Bolsonaro também enfrentam julgamentos no TSE, mas ainda sem data definida: a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). Ambos os processos chegaram recentemente ao tribunal e não estão prontos para julgamento.

Castro é acusado de ter gasto cerca de R$ 10 milhões do Fundo Eleitoral em sua campanha de 2022 sem especificar a finalidade do dinheiro. Ele foi absolvido pelo TRE do Rio de Janeiro por falta de provas. Já Zambelli foi acusada de abuso dos meios de comunicação em 2022, por divulgar informações falsas sobre o processo eleitoral, e foi condenada pelo TRE de São Paulo.

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