Flotilha com 140 ativistas se aproxima de Gaza para tentar romper bloqueio

Manifestantes participam de um protesto em apoio ao povo palestino e à Flotilha Global Sumud (GSF) em Zurique, Suíça, em 2 de outubro de 2025. Forças israelenses interceptaram barcos da flotilha com destino a Gaza, transportando ajuda humanitária, impedindo-a de romper o bloqueio e chegar à Faixa de Gaza, de acordo com os organizadores da Flotilha Global Sumud. (Protestos, Suíça) EFE/EPA/WALTER BIERI

A coalizão Flotilha da Liberdade-Thousand Madleens, que navega rumo a Gaza com nove barcos – um navio e oito veleiros – com o objetivo de romper o bloqueio de Israel, prevê chegar à zona de risco – onde os barcos da Flotilha Global Sumud (GSF, na sigla em inglês) foram abordados na semana passada – entre quarta (8) e quinta-feira (9), informou à Agência EFE um integrante da missão.

A flotilha, com cerca de 140 tripulantes, prevê que suas embarcações sejam interceptadas no Mediterrâneo, assim como ocorreu na quarta-feira passada (1º) com a GSF, segundo explicou Charles Rodríguez dos Santos, bombeiro espanhol integrante da missão, e por isso, os ativistas se preparam durante a navegação com treinamentos e revisões dos coletes salva-vidas.

Rodríguez, que viaja “com muito ânimo” e “preparado para tudo” a bordo do Conscience – único navio da flotilha que acompanha os veleiros – com quase 100 pessoas, em sua maioria médicos, jornalistas e outros profissionais, reiterou que a intenção da iniciativa é “tentar romper o bloqueio selvagem” de Israel, “que está acima do bem e do mal”, à faixa palestina.

“Estamos preparados para tudo, não temos medo (…) de que nos prendam, que nos maltratem, que nos humilhem. Tentaremos suportar a violência deles com a nossa coragem, com a nossa postura e tentando que não passem dos limites”, afirmou o espanhol, em um vídeo enviado à EFE do barco. Acrescentou que os integrantes da missão humanitária estão “do lado bom da história” e que “os bons têm que ganhar alguma vez, nem sempre os maus vencem”.

A iniciativa da Flotilha da Liberdade, que desde 2008 impulsionou uma dezena de missões para romper o bloqueio a Gaza, é conhecida pelo ataque israelense ao navio ‘Mavi Marmara’ em 2010, no qual dez ativistas morreram.

A flotilha começou sua travessia quase um mês depois da GSF, a maior iniciativa marítima civil organizada até o momento, que agrupava cerca de 500 participantes de mais de 40 nacionalidades, e que foram detidos por Israel, após a interceptação de seus barcos, e posteriormente deportados, com exceção de seis integrantes, que continuam em território israelense. A missão constitui uma nova tentativa de romper o cerco israelense a Gaza e criar um corredor humanitário com a Faixa.

*Com informações da EFE
Publicado por Nícolas Robert

Fonte: Jovem Pan News

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