O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou irritação com a derrubada da MP do IOF, que taxava fintechs. Lula afirmou que a decisão do Congresso “derrotou o povo brasileiro” e prometeu buscar formas de o sistema financeiro pagar os impostos devidos ao país.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (9) que pretende reunir seus ministros na próxima quarta-feira (15). O objetivo é discutir alternativas de arrecadação. A reunião ocorre após o governo sofrer uma derrota no Congresso, com a derrubada da Medida Provisória (MP) alternativa ao IOF, que taxava bets e fintechs.
A declaração de Lula foi dada em uma entrevista à rádio Piatã, da Bahia. O presidente lamentou a decisão do Congresso. Ele demonstrou irritação com o resultado e afirmou: “Ontem (quarta-feira), o Congresso Nacional não derrotou o governo, derrotou o povo brasileiro”.
Crítica à Tributação de Ricos
Lula disse que estava otimista. No entanto, ele lamentou a derrota da MP do IOF. “Fico muito triste porque ontem o Congresso poderia ter aprovado para que ricos pagassem mais imposto. Nós estávamos propondo 18%, foi negociado para fintechs pagarem 12%, e não quiseram. Recusaram pagar”, afirmou.
“É engraçado que o povo trabalhador paga 27,5% de IR no salário e os ricos não querem pagar 12%, 18%. Eles acham que derrotaram o governo, mas derrotaram o povo brasileiro, a possibilidade de melhorar a qualidade da vida do povo”, completou.
O presidente disse ter conversado com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Ele disse que os ministros deveriam “relaxar” e que ele voltaria na quarta-feira a Brasília. “Aí sim vou reunir o governo para discutir como vamos propor que o sistema financeiro, sobretudo as fintechs, que hoje tem fintech maior que banco, paguem o imposto devido a esse país”, declarou.
Lula defendeu que é preciso “garantir que benefícios sociais não sejam destruídos”. Segundo ele, “o problema é que se o povo não tomar cuidado, pode vir um governo que destrua tudo aquilo que é política de inclusão social”.
Comentários