Israel entrega a Gaza mais 30 corpos não identificados, a maioria com sinais de tortura

Caminhões de ajuda humanitária fazem fila para entrar na fronteira de Rafah, entre o Egito e a Faixa de Gaza

Relatório do Ministério da Saúde Palestino Confirma Que 30 Corpos Têm Evidências Claras de Tortura, Queimaduras e Amputações, Gerando Preocupação Internacional

 

Israel devolveu mais 30 corpos à Faixa de Gaza nesta sexta-feira (31), em meio ao acordo de cessar-fogo. De acordo com um comunicado do Ministério da Saúde do enclave palestino, identificamos que vários dos corpos apresentavam sinais claros de tortura e as autoridades ainda desconhecem suas identidades.

Portanto, “O Ministério da Saúde anuncia o recebimento de 30 corpos de mártires que a ocupação israelense entregou hoje através do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, elevando para 225 o número total de corpos recebidos (desde o cessar-fogo)”, detalhou o texto.

Transferência para o Hospital Nasser Acontece Após Identificação de Reféns Israelenses e Expõe Dificuldade na Identificação das Vítimas

A pasta de Saúde palestina informou que a maioria dos corpos apresentava queimaduras, amputações e amarras nas mãos e nos olhos. Além disso, a agência de notícias palestina Wafa afirmou que, “em vários casos, a desfiguração dos rostos é tanta que as famílias não conseguirão identificá-los”.

As autoridades transferiram os cadáveres diretamente para o Hospital Nasser, localizado em Khan Younis, no sul de Gaza. Isso ocorreu depois que Israel confirmou que os dois corpos que o Hamas devolveu ontem eram, de fato, de dois reféns israelenses. Dessa forma, após essa entrega, 11 reféns israelenses de um total de 28 permanecem sem seus corpos em Gaza.

Apenas 75 Cadáveres Foram Identificados em Gaza, Enquanto 10 Mil Palestinos Permanecem Presos Sem Julgamento e Sofrendo Maus-Tratos na Ofensiva

Até o momento, as autoridades de Gaza identificaram apenas 75 dos 225 cadáveres. Enquanto isso, Israel prendeu cerca de 10.000 palestinos durante a ofensiva militar. Muitos destes detidos permanecem em prisões sem acusações ou julgamento e, infelizmente, guardas causam maus-tratos.

Assim, a dificuldade em identificar os 150 corpos restantes impõe um grande desafio para as famílias palestinas e para as autoridades de saúde do enclave.

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