A prisão preventiva de Jair Bolsonaro, cumprida na manhã deste sábado (22), foi resultado de uma sequência de episódios que, em poucas horas, levaram o ministro Alexandre de Moraes a determinar a detenção do ex-presidente. A seguir, veja a cronologia completa dos fatos que culminaram na operação da Polícia Federal — desde a convocação de uma vigília pelo filho Flávio Bolsonaro até a chegada de Bolsonaro à Superintendência da PF, em Brasília.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convoca, pelas redes sociais, uma vigília em frente ao condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar. A PF avaliou que o ato poderia gerar risco para agentes e manifestantes.
Diante da possibilidade de a vigília “tomar proporções graves”, a Polícia Federal solicita ao ministro Alexandre de Moraes uma ordem de prisão preventiva para garantir a ordem pública.
O órgão responsável pelo monitoramento eletrônico registra uma ocorrência de violação da tornozeleira de Bolsonaro, reforçando a suspeita de risco de fuga apontada pelo STF.
O ministro Alexandre de Moraes e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, são acionados. Ambos manifestam posição favorável à prisão preventiva do ex-presidente.
Agentes da Polícia Federal chegam ao condomínio Solar de Brasília 2 e prendem Jair Bolsonaro. Ele estava em sua residência, onde cumpria prisão domiciliar desde agosto.
O ex-presidente é levado para a Superintendência da Polícia Federal, onde permanece em uma sala especial, destinada a autoridades.
Em 11 de setembro, Bolsonaro havia sido condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A decisão, porém, ainda não transitou em julgado — e a prisão preventiva decretada neste sábado não marca o início do cumprimento da pena, mas sim uma medida cautelar.
Na véspera da prisão, a defesa havia solicitado que Bolsonaro pudesse cumprir eventual pena em casa devido ao seu estado de saúde, afirmando que ele estaria “profundamente debilitado”. O pedido chegou a Moraes horas antes da vigília convocada por Flávio Bolsonaro.
Fonte: Jovem Pan News




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