O governo dos Estados Unidos paralisou o processamento de green cards e vistos de residência para nações como Cuba, Haiti e Venezuela. A medida ocorre após Trump endurecer a postura contra a imigração, citando um ataque recente à Guarda Nacional.
O governo dos Estados Unidos suspendeu o processamento de solicitações de cidadania e residência para migrantes de 19 países, incluindo Cuba, Haiti e Venezuela. A medida, com efeito, intensifica a política anti-imigração do presidente Donald Trump.
Trump endureceu particularmente sua posição a respeito das três nações latino-americanas. Nos últimos meses, ele ordenou uma mobilização militar sem precedentes no Caribe. Embora Trump afirme que a operação visa combater o narcotráfico, Caracas denuncia que o objetivo é derrubar o presidente Nicolás Maduro.
Segundo um memorando oficial divulgado nesta terça-feira (2), o governo Trump paralisou o processamento de green cards (vistos de residência permanente), além dos processos de cidadania.
Países Afetados e Justificativa
Além de Cuba, Haiti e Venezuela, a medida também afeta cidadãos do Afeganistão, Irã, Somália, Sudão, Iêmen, Mianmar, Burundi, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Laos, Líbia, Serra Leoa, Togo e Turcomenistão.
Funcionários do governo americano haviam antecipado que o país endureceria as políticas migratórias após o ataque a tiros contra dois soldados da Guarda Nacional perto da Casa Branca, na semana passada. O suspeito do ataque, que matou uma militar, é um afegão que chegou aos Estados Unidos durante as operações de retirada em massa em 2021.
O USCIS (Serviço de Cidadania e Imigração) afirmou em memorando que a medida visa “impedir que terroristas busquem refúgio nos Estados Unidos” e garantir que a segurança do povo americano seja priorizada nos processos de seleção.
O presidente Trump, que fez campanha com a promessa de deportar milhões de migrantes sem documentos, disse que planeja “pausar permanentemente a migração de todos os países do terceiro mundo”. A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, também pediu a ampliação da lista de países afetados pelas restrições de viagens de junho.




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