Projeto-piloto ocorrerá em 18 Estados e no Distrito Federal e visa verificar se há necessidade de aplicar o teste de integridade com uso da biometria
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou nesta quinta-feira, 15, a realização de um teste de integridade em 56 urnas eletrônicas com biometria no país. O projeto-piloto ocorrerá em 18 Estados e no Distrito Federal. A decisão ocorre dois dias depois do TSE acatar os pedidos dos militares para a realização de testes de integridades com o uso da biometria, algo que anteriormente não acontecia. Os testes serão efetuados em Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins, além do Distrito Federal. Segundo o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, o projeto-piloto visa analisar a necessidade da medida e se ela trará melhorias na realização do teste ou se será mantido o método atual. “Vamos verificar se vale a pena instituir para todas as seções ou se não há necessidade, e mantemos o teste de integridade como ele já existe”. Moraes destacou ainda que a Justiça Eleitoral está disposta a ouvir sugestões e aberta para inovações. A Justiça Eleitoral, como sempre, é aberta à inovação, sugestões, mantendo o que vem dando certo e o que vem garantindo a total lisura das eleições. E repito, vamos testar esse projeto-piloto para ver se vale a pena ou não”, disse o presidente do TSE.
Uma simulação foi realizada antes do discurso de Moraes. O secretário de tecnologia de informação, Julio Valente, explicou como funcionou a simulação: um eleitor votou normalmente na urna e depois foi questionado por um funcionário da Justiça Eleitoral se aceitaria participar do teste de integridade. Em seguida, após aceitar, o eleitor foi encaminhado para a ativação da urna-teste. A partir daí, o processo continuou da maneira como é feito atualmente: votação em urna-teste e em células de papel feito por servidores da Justiça Eleitoral. Segundo Moraes, este processo visa evitar a quebra de sigilo do voto. “Por que não é o eleitor que participa do teste e preenche a urna? Porque isso poderia acarretar quebra do sigilo do voto. Não podemos quebrar o sigilo do voto do eleitor”, finalizou.
Fonte: Jovem Pan News
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