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Apenas três procuradores se inscrevem para a lista tríplice e devem ser indicados para a PGR, mas rejeição de Lula é entrave

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Formulada pela Associação Nacional dos Procuradores da República, nomes poderão substituir o atual PGR, Augusto Aras, cujo mandato termina em setembro

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) informou nesta segunda-feira, 29, os nomes dos servidores que se inscreveram para compor a lista tríplice – sugestão do órgão para a sucessão no comando da Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo a entidade, José Adonis, subprocurador-geral da República; Luiza Frischeisen, também subprocuradora-geral da República e doutoranda em direito; e Mario Bonsaglia, conselheiro do Conselho Nacional de Justiça e que atua como subprocurador-geral da República. Com fim do prazo para novas inscrições, estes foram os únicos três nomes que concorrerão à integrar a lista tríplice e a realização de campanha dos candidatos, que serão apresentados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em ordem decrescente conforme o número de votos de seus pares, poderá ser realizada até o dia 20 de junho. A eleição que irá definir o principal nome da lista tríplice será realizada no dia 21 de junho e todos os membros do Ministério Público Federal poderão participar da votação.

Com o intuito de indicar o nome preferido do setor para comandar a Procuradoria-Geral da República – atualmente chefiada por Augusto Aras, cujo mandato encerra-se em setembro -, cabe ao chefe do Executivo federal acatar ou não os nomes compostos na lista. No entanto, Lula já sinalizou que não deverá escolher o sucessor de Aras por essa metodologia. A ação vai de encontro às escolhas realizadas pelos governos petistas no passado, já que tanto Lula quanto Dilma Rousseff (PT) em seus dois mandatos no início do século acolheram a eleição da associação e indicaram para o comando da PGR o primeiro colocado na lista tríplice. Caso o líder do Partido dos Trabalhadores opte por escolher um nome que não esteja entre os três preferidos pelos membros do MPF, Lula seguirá caminho semelhante ao escolhido por Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 2001, e Jair Bolsonaro (PL), em 2019 e 2021, que não escolheram o procurador-geral da República de acordo com a lista. Michel Temer (MDB), em 2017, indicou a segunda colocada, a sub-procuradora Raquel Dodge. Contudo, a indicação do presidente deverá ser referendada pelo Senado Federal, já que trata-se de uma posição estratégica sendo o único servidor quer pode propor a abertura de ações contra o presidente da República e de outros políticos de alto escalão.

Fonte: Jovem Pan News

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