Sexta-feira, Novembro 22, 2024
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‘André Mendonça não era advogado pessoal do Bolsonaro’, compara Moro sobre indicação de Zanin ao STF

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Com 58 votos favoráveis e 18 contrários, o Senado Federal aprovou a indicação do advogado Cristiano Zanin como novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A sabatina aconteceu nesta quarta-feira, 21. Zanin atuou na defesa pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos processos envolvendo a Operação Lava Jato. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, desta quinta-feira, 22, o senador e ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro (União-PR) falou sobre a indicação de Zanin. Segundo o parlamentar, a indicação de um advogado pessoal é diferente da situação vivida pelo também ministro André Mendonça, que foi indicado após defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na condição de Advogado-Geral da União (AGU), argumentando que Mendonça não era advogado pessoal do chefe do Executivo. “Mas o fato é que agora ele está sendo indicado ao STF pelo presidente para o qual ele advogou como advogado pessoal. É diferente da situação do ministro André Mendonça, que ele foi AGU, advogado do governo. O próprio ministro Dias Toffoli. Era AGU, não era advogado pessoal do presidente da República. Se fosse outro presidente que indicasse o Cristiano Zanin, não teria nenhum problema. A gente poderia discordar dos entendimentos jurídicos sobre algumas questões, mas não haveria problema da impessoalidade”, disse Moro.

O senador também falou que não tem questões pessoais em relação à figura de Zanin, dizendo que, assim como ele, o advogado fez o seu trabalho durante a Lava Jato. “Não tenho nenhum problema pessoal em relação ao Cristiano Zanin. Acho que fez o trabalho dele como advogado profissional defendendo seu cliente. Eu fiz o meu trabalho como juiz, aplicando a lei nos casos da Operação Lava Jato”, afirmou o parlamentar. Moro também falou sobre as perguntas feitas por ele ao indicado durante a sabatina, defendendo que cabe aos senadores questionar quais são os posicionamentos do novo ministro. “Eu fiz uma série de questões que eram mais institucionais. Queria saber qual era o posicionamento do ministro sobre a lei das estatais, que é um assunto importante para o país. Perguntei algo que está assustando o país, que são essas decisões sucessivas que estão invalidando processos contra traficantes. São essas posições que são importantes de extrairmos do ministro. Infelizmente, na sabatina, às vezes o ministro não se compromete com tese específica, mas é o nosso papel fazer perguntas para que a sociedade possa ter presente quem está assumindo a cadeira do Supremo Tribunal Federal e qual o entendimento dessa pessoa”, concluiu.

Fonte: Jovem Pan News

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