Depois de uma semana de esforço concentrado na Câmara dos Deputados para a aprovação da reforma tributária em primeiro e segundo turno, a semana da política em Brasília começa a entrar em clima de recesso. Prova disso é o esvaziamento da pauta e o adiamento da análise de projetos prioritários da área econômica, como o arcabouço fiscal. Inicialmente, a expectativa era de que o novo conjunto de regras fiscais do Brasil fosse novamente analisado ainda nesta semana, antes do recesso parlamentar. No entanto, após intensas negociações, adiamentos de votação e sessões até a madrugada, o tema ficou para agosto. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), argumenta que o relatório recebido do Senado Federal ainda não foi disponibilizado aos líderes pelo relator da proposta, o deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA), mas afirma que as alterações feitas pela Câmara serão mínimas.
Embora o clima seja de pré-recesso em Brasília, a semana do Congresso Nacional reserva duas agendas importantes. Na terça-feira, 11, a CPMI do 8 de Janeiro será o destaque da semana, com depoimento do tenente-Coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “O tenente-coronel é alvo de investigações da Polícia Federal por outros acontecimentos, no entanto, com a quebra do sigilo telemático pela PF foram descobertas mensagens de cunho golpista”, afirma requerimento do deputado federal Rafael Brito (MDB-AL), um dos 13 documentos apresentados para oitiva do coronel. Ainda no Congresso, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), coordena na quarta-feira, 12, a sessão conjunta entre deputados e senadores para análise de 22 vetos e sete Projetos de Lei do Congresso Nacional. No Supremo Tribunal Federal (STF), por sua vez, a semana não terá julgamentos, uma vez que já foi iniciado o recesso do Judiciário.
Fonte: Jovem Pan News
Comentários