Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro fica em silêncio em depoimento na CPMI do 8 de Janeiro
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, optou por permanecer em silêncio durante as primeiras perguntas feitas na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos ocorridos em 8 de Janeiro. A sessão desta terça-feira teve início com a arguição feita pela senadora Eliziane Gama, relatora da CPMI, que questionou, entre outros assuntos, se o tenente-coronel solicitou a inserção de dados falsos de vacinação. Em resposta, Cid afirmou: “Reitero as manifestações iniciais entendendo que, em razão do escopo do que estou sendo investigado e baseado em habeas corpus, vou permanecer em silêncio”. Embora tenha comparecido à oitiva por ser convocado, o tenente-coronel tem o direito de ficar em silêncio em questões que possam incriminá-lo, conforme decisão da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Sessão extraordinária pode ser convocada para retirar sigilos telemáticos
Conforme reportado pelo site da Jovem Pan, a senadora Eliziane Gama está articulando com membros do colegiado, aliados do governo, a convocação de uma sessão extraordinária após o silêncio de Mauro Cid. O objetivo é retirar diversos sigilos telemáticos, como mensagens em e-mails e celulares do tenente-coronel que ainda não foram divulgadas. Vale ressaltar que Cid encontra-se preso desde maio por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, no âmbito de um inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga fraudes em cartões de vacinas. Entretanto, na CPMI, o foco são as mensagens trocadas entre o tenente-coronel e Lawand Júnior acerca de um possível golpe de Estado.
Fonte: Jovem Pan News
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