Depoimento do coronel Reginaldo Souza Leitão destaca necessidade de análise das falhas para evitar repetição de situações semelhantes
Durante seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura os atos de vandalismo em Brasília, o coronel Reginaldo de Souza Leitão, da Polícia Militar do Distrito Federal, reconheceu oficialmente uma “falha” da corporação nos eventos de 8 de janeiro. O militar destacou a importância de estudar a falha para que gestores futuros possam analisar e corrigir os posicionamentos da tropa, visando evitar recorrências.
Apesar do reconhecimento da falha, o coronel Leitão defendeu o trabalho dos agentes, enfatizando a natureza arriscada da atividade policial e elogiando a excepcionalidade dos oficiais envolvidos. Ele ressaltou que todas as informações foram repassadas aos órgãos decisores.
O coronel, que ocupava o cargo de chefe do Centro de Inteligência da PM em janeiro, admitiu fazer parte de um grupo de aplicativo de mensagens onde alertas sobre as manifestações foram compartilhados. No entanto, negou participação em uma reunião prévia para avaliação dos riscos das manifestações.
Destacando que a PM cumpriu seu papel e realizou o trabalho de inteligência, Leitão mencionou o grupo “Prioridade 01”, criado para levar ao alto-comando as informações mais relevantes. Ele explicou que a dinâmica entre os dias 6 e 8 de janeiro exigiu decisões rápidas da PM, sendo o cenário do dia 8 diferente do vivido nos acampamentos anteriormente.
A CPI tem prazo final para encerrar suas atividades em 5 de dezembro, com o presidente da comissão, Chico Vigilante (PT), planejando votar o relatório final em 29 deste mês, cuja apresentação está marcada para as 9h. A votação ocorrerá no mesmo dia, no período da tarde.
Fonte: Jovem Pan News
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