Ministro Gilmar Mendes rejeita argumentos da defesa e vota pela continuidade do processo
O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou nesta sexta-feira, 17, para manter a deputada Carla Zambelli (PL-SP) como ré em um processo por perseguição armada. O STF está analisando o recurso apresentado pelo parlamentar contra a decisão da Suprema Corte, que se tornou ré por perseguição armada. Em agosto, por 9 votos a 2, o STF abriu uma ação contra o parlamentar e aceitou a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República).
A acusação está relacionada ao episódio em que Zambelli sacou uma segunda pistola em via pública na véspera do turno do pleito do ano passado. Na ocasião, ela perseguiu um apoiador do então candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em um bairro nobre da capital paulista. Um vídeo mostra a armada parlamentar atravessando a rua e entrando em um bar atrás do apoiador, o jornalista Luan Araújo.
A defesa de Zambelli alega que o STF não tem competência para julgar o caso, pois não teria relação entre o episódio e o mandato. Argumenta ainda que ela possui porte de arma, o que descaracterizaria o crime. Mendes, relator do caso, foi o primeiro a votar, rejeitando todos os argumentos da defesa. Em sua decisão, o ministro justificou que o recurso merecido foi excluído porque “inexistem votos apontados e que os possíveis crimes ocorreram no atual mandato da deputada”.
A votação está em plenário virtual, com prazo até 24 de novembro para os ministros votarem. Caso o recurso seja rejeitado pela maioria, o julgamento de Carla Zambelli será marcado.
*Com informações da repórter Janaína Camelo
Fonte: Jovem Pan News
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