O ex-juiz da Operação Lava Jato nega qualquer irregularidade no acordo de delação premiada do ex-deputado Tony Garcia.
O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) refutou as alegações de suposta fraude na delação premiada do ex-deputado estadual do Paraná, Antônio Celso Garcia, mais conhecido como Tony Garcia. A declaração de Moro surge após o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenar a abertura de um inquérito para investigar possíveis abusos cometidos pelo ex-juiz da Operação Lava Jato e procuradores do Ministério Público Federal (MPF) durante o acordo. A decisão, tomada em 19 de dezembro, está sob sigilo.
Em uma nota enviada ao site da Jovem Pan, Moro afirmou que “não teve acesso aos autos” e enfatizou que “não houve qualquer irregularidade no processo de quase vinte anos atrás”. Ele também contestou “os fatos afirmados no relato fantasioso do criminoso Tony Garcia, começando por sua afirmação de que ‘não cometeu crimes no Consórcio Garibaldi’”.
Conforme antecipado pelo site da Jovem Pan, Tony Garcia alega que a colaboração premiada firmada com o MPF foi usada como chantagem por Moro e os procuradores de Curitiba, que buscavam investigar políticos e empresários influentes. O ex-deputado também alega ter sido coagido a gravar pessoas ilegalmente.
A decisão de abrir a investigação atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que se manifestou a favor da investigação. O órgão argumenta que é necessário investigar os fatos narrados por Garcia, pois há indícios de condutas criminosas. “A instauração de um inquérito neste Supremo Tribunal Federal para investigar os fatos narrados é necessária, pois demonstra a plausibilidade da investigação de condutas, em tese, tipificadas como crime”, diz o documento.
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