O ministro do Supremo Tribunal Federa (STF), Alexandre de Moraes, deu 48 horas para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) explica a ida à Embaixada da Hungria em Brasília após ter o passaporte apreendido pela Polícia Federal. Em nota divulgada à imprensa, os advogados do ex-presidente alegaram que ele esteve no prédio, entre 12 e 14 de fevereiro, para “manter contatos com autoridades do país” e atualizar os representantes húngaros sobre o “cenário político das duas nações”. Ao intimar a defesa, Moraes afasta as especulações sobre a possibilidade de decretar a prisão preventiva ao ex-mandatário, pelo menos até receber os esclarecimentos da defesa.
A Polícia Federal investiga se o ex-presidente tentou articular uma manobra diplomática para evitar ser preso no inquérito que apura interferência nas eleições presidenciais de 2022. Os policiais federais querem saber, por exemplo, se a visita à embaixada tem relação com algum pedido de asilo político, o que a defesa nega. As embaixadas têm o status de território diplomático, o que significa que qualquer decisão judicial, inclusive do STF, precisa de autorização do país que representam para ser cumprida nos limites do prédio.
O Palácio Itamaraty chamou nesta segunda-feira, 25, o embaixador da Hungria no Brasil, Miklós Halmai, para prestar esclarecimentos sobre a hospedagem concedida ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Halmai foi chamado pela secretária de Europa e América do Norte do Ministério das Relações Exteriores, embaixadora Maria Luísa Escorel. De acordo com nota divulgada pela pasta, o embaixador húngaro esteve no Ministério nesta tarde.
Fonte: Jovem Pan News
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