A Polícia Federal divulgou um relatório final que revela detalhes sobre a tentativa de golpe de Estado, destacando a atuação do delegado Alexandre Ramagem. Segundo o documento, Ramagem teria sugerido ao ex-presidente Jair Bolsonaro a retirada da autonomia dos delegados federais, com o objetivo de controlar as investigações que estavam sendo realizadas contra ele desde 2020. O relatório aponta que Ramagem defendia que todos os inquéritos que tramitassem no Supremo Tribunal Federal (STF) fossem de responsabilidade do diretor-geral da PF.
Ele teria aconselhado Bolsonaro a interferir na Polícia Federal, limitando a atuação dos delegados em investigações que envolviam o Supremo. Além disso, Ramagem criticou a alta cúpula da PF por não contestar a escolha de delegados feita por ministros do STF, em especial Alexandre de Moraes, que havia nomeado a delegada Denisse Ribeiro para liderar investigações sobre atos antidemocráticos. O delegado enfatizou a necessidade de a direção-geral e a corregedoria da PF agirem com mais firmeza na aplicação da lei.
O relatório foi elaborado em 5 de maio de 2020 e passou por sua última edição em 21 de março de 2023. Em abril de 2020, a nomeação de Ramagem para o comando da PF foi barrada por Moraes, que considerou a medida uma tentativa de interferência na instituição. Ramagem argumentou que a proposta de centralização dos inquéritos no diretor-geral da PF poderia gerar reações adversas dentro da corporação. Ele sugeriu que os inquéritos em andamento no STF deveriam ser conduzidos pelo diretor-geral, semelhante ao que ocorre no Ministério Público.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias
Fonte: Jovem Pan News
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