INSS: 4 casos de descontos associativos foram reconhecidos como erro pelas entidades

Vista da fachada do posto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), localizado na região central da cidade de São Paulo

Governo prepara cronograma para ressarcir aposentados e pensionistas afetados pelas cobranças indevidas

O presidente do INSS, Gilberto Waller, anunciou nesta terça-feira (27) que 68 mil respostas já foram registradas por entidades investigadas por aplicar descontos associativos fraudulentos nos benefícios de aposentados e pensionistas. Desse total, 43.526 informaram ter feito a restituição dos valores de forma independente, seja por meio de decisão judicial ou via acordos com a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).

No entanto, apenas quatro dessas entidades admitiram erro e reconheceram que os descontos foram feitos sem a documentação necessária. O restante negou irregularidades ou ainda não comprovou ressarcimento.

Waller informou ainda que o governo está finalizando um acordo judicial com a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério Público Federal (MPF) para garantir o reembolso dos valores aos beneficiários lesados. “Logo, logo a gente já solta esse cronograma”, adiantou durante reunião do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS).

Segundo o INSS, mais de 2,1 milhões de aposentados e pensionistas declararam não reconhecer os descontos em seus benefícios. Ao todo, 41 entidades foram formalmente questionadas, e 16 delas seguem sob investigação pela Operação Sem Desconto, por apresentarem indícios consistentes de fraude.

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