Durante visita à Transnordestina, presidente critica oposição, defende isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil e promete programas sociais até o fim do ano
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (18), durante evento no Ceará, que só decidirá sobre uma possível candidatura à reeleição no próximo ano. Mesmo assim, deixou claro que, se estiver com saúde e disposição, estará pronto para disputar novamente o comando do país. “Eu não vou entregar esse País de volta para aquele bando de maluco que quase destruiu o Brasil nestes últimos anos. Eles não voltarão”, declarou diante da militância em Missão Velha (CE).
Lula não mencionou diretamente a operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está atualmente com tornozeleira eletrônica e impedido de usar redes sociais, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante a visita às obras da ferrovia Transnordestina, o presidente disse que pretende concluir o projeto original da linha férrea, mesmo que isso exija mais tempo e recursos públicos. Aproveitou o discurso para reforçar sua aposta em políticas sociais e defender medidas que, segundo ele, trarão justiça fiscal e dignidade à população.
Lula demonstrou confiança na aprovação, pelo Congresso, do projeto de isenção de Imposto de Renda para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil por mês. “Quem ganha até R$ 5 mil não paga mais Imposto de Renda, e quem ganha até R$ 7.200 vai pagar menos”, afirmou.
Além disso, o presidente disse que o governo federal deve anunciar em breve dois novos programas: um voltado à classe média, com foco em habitação para quem ganha entre R$ 10 mil e R$ 14 mil, e outro para a reforma de casas populares. “Tem gente que não quer comprar uma casa, só quer fazer uma garagem, um banheiro”, pontuou. Ele também garantiu que pretende ampliar o auxílio para a compra de gás de cozinha, prometendo que mais de 17 milhões de brasileiros devem receber o benefício de forma gratuita.
Por fim, Lula comentou as pressões que recebe por mais investimentos em diversas áreas, destacando que cabe a ele decidir como os recursos públicos serão aplicados. Relembrou um discurso feito em 2006, durante outro evento sobre a Transnordestina, destacando a importância de olhar para os mais pobres. “É para esses que temos de olhar. São mulheres de 50 anos com fisionomia enrugada de tomar sol. Trabalhadores com as mãos calejadas não de roubar, mas de trabalhar no cabo da enxada”, leu o presidente, emocionado.




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