O relator do Projeto de Lei (PL) da Anistia, deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), está em uma corrida contra o tempo para construir um texto acordado entre a base governista e a oposição e levá-lo à votação na Câmara dos Deputados até quarta-feira (24). O objetivo é conseguir um acordo em aproximadamente 48 horas, realizando reuniões com parlamentares de ambos os lados a partir desta segunda-feira (22).
A principal dificuldade reside na divergência sobre o alcance da anistia. O Partido Liberal (PL) defende um “perdão amplo, geral e irrestrito”, que poderia beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. Por outro lado, a base governista não quer uma anistia tão abrangente. Eles buscam discutir a “dosimetria”, ou seja, a redução de penas, mas apenas para aqueles que invadiram os prédios públicos em 8 de Janeiro de 2023, sem contemplar Bolsonaro e seus aliados políticos.
Paulinho da Força se encontra em meio a esse embate e deve se reunir com parlamentares de diferentes ideologias para tentar encontrar um meio-termo, o que especialistas consideram “utópico” devido às posições opostas. Ele também pretende se encontrar com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, este último considerado um dos principais líderes em torno do PL da anistia.
A oposição, que conseguiu a aprovação da urgência do projeto na semana passada, agora busca adiar a votação para a próxima semana. O objetivo é ter mais tempo para discussão e tentar garantir um perdão geral e irrestrito que inclua o ex-presidente Jair Bolsonaro.
*Com informações de Igor Damasceno
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan News




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