Defesa de Bolsonaro pede liberação para cirurgia urgente

prisão de Bolsonaro

O pedido foi feito após novos exames comprovarem, segundo a defesa, a “evolução objetiva” de uma hérnia. Os advogados alegam que as crises de soluço do ex-presidente intensificam o risco de estrangulamento intestinal e exigem intervenção imediata, além de um procedimento para tratar os soluços.

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro pediu nesta segunda-feira (15) autorização para realizar uma cirurgia urgente e solicitou novamente que o capitão seja transferido para prisão domiciliar. O pedido ocorre após Bolsonaro passar por novos exames nas dependências da Polícia Federal.

Segundo a defesa, os exames comprovam a “evolução objetiva e comprovada do quadro clínico, agora amparada por exame de imagem recentemente realizado e por novo relatório médico conclusivo, que impõem atuação imediata.”

🩺 Risco de Estrangulamento Intestinal

O relatório médico aponta que os sintomas de dor e desconforto na região inguinal se intensificaram em razão das frequentes crises de soluço, que provocam aumento intermitente da pressão abdominal. Esse quadro elevaria “significativamente o risco de encarceramento ou estrangulamento intestinal”.

O pedido inclui não apenas o tratamento da hérnia, mas também a realização de um procedimento para tratar as crises de soluço, como um bloqueio anestésico do nervo frênico.

“Trata-se, portanto, de quadro que não apenas recomenda, mas exige intervenção cirúrgica programada, sob condições controladas, a fim de evitar desfechos emergenciais potencialmente graves”, diz o pedido.

📅 Decisão de Moraes

No dia 9 de dezembro, a defesa já havia feito um pedido de cirurgia de emergência. Na ocasião, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Bolsonaro passasse por exames para comprovar a necessidade da intervenção.

Moraes havia determinado a realização de uma perícia médica oficial pela Polícia Federal, no prazo de 15 dias, para avaliar a necessidade de imediata intervenção cirúrgica. O ministro também observou que, desde a prisão de Bolsonaro, não houve notícias de situações médicas emergenciais, e que os exames apresentados anteriormente pela defesa não eram atuais.

Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.

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