O senador Sergio Moro é acusado de abuso de poder econômico, uso de caixa dois e utilização indevida de meios de comunicação durante a pré-campanha eleitoral de 2022.
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) adiou novamente o julgamento de duas ações que pedem a cassação do mandato do senador Sergio Moro, da União Brasil-PR. A desembargadora Claudia Cristina Cristofani solicitou mais tempo para analisar o caso.
Moro, ex-juiz federal, é acusado de abuso de poder econômico, uso de caixa dois e utilização indevida de meios de comunicação durante a pré-campanha eleitoral de 2022. Até o momento, o placar do julgamento é de 1 a 1. O relator, Luciano Carrasco Falavinha Souza, votou contra a perda do mandato de Moro, alegando falta de provas das irregularidades apresentadas pelos partidos PL e PT. Por outro lado, o desembargador José Rodrigo Sade votou a favor da cassação do mandato de Moro.
Sade argumentou que os gastos excessivos na pré-campanha de 2022 colocaram Moro em vantagem sobre os demais candidatos, desequilibrando o cenário eleitoral. Ele declarou: “Para mim, não parece possível simplesmente apagar os caminhos que o pré-candidato percorreu quando ainda estava pré-candidato presidencial. Não se apaga o passado”.
Se o TRE-PR decidir pela cassação de Moro, ele ainda poderá recorrer da decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em dezembro do ano passado, a Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná emitiu um parecer favorável à perda de mandato. A defesa de Moro nega as acusações, alegando que não houve gastos excessivos durante a pré-campanha. Além disso, argumenta que as despesas realizadas entre novembro de 2021 e junho de 2022 não deveriam ser consideradas, pois o pré-candidato tinha aspirações políticas diferentes na época.
Fonte: Jovem Pan News
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