Governo articula com o Centrão para barrar a proposta e avança com PEC que limita decisões monocráticas do STF.
O projeto de lei que trata da anistia aos presos do 8 de Janeiro será votado na Câmara dos Deputados após o 1º turno das eleições municipais, em outubro. A decisão veio após negociações entre o governo e o Centrão, que resultaram no adiamento da votação para garantir apoio a outras pautas. Entre elas, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) discutirá, nesta quarta-feira (11), uma PEC que limita as decisões monocráticas de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Acordos firmados entre o governo e o Centrão garantiram que a PEC não será votada nesta quarta, mas o projeto de anistia continua sendo alvo de intensas negociações. Líderes do Centrão apontam que o texto atual da proposta é muito abrangente e requer um consenso político mais amplo para avançar.
A proposta de anistia foi inicialmente prevista para ser votada nesta terça-feira (10), mas a sessão da CCJ foi interrompida devido ao início da ordem do dia no plenário da Câmara. Isso impediu que o relatório do projeto fosse lido. O relator da anistia, deputado Rodrigo Valadares (União-SE), criticou a postura do governo e afirmou que há manobras para evitar a votação.
“Estamos sofrendo todo tipo de obstrução, de retaliação. Mas essa votação será inevitável, e vamos vencer essa guerra. Haverá anistia no Brasil”, afirmou Valadares.
O governo e seus aliados agora buscam garantir uma solução consensual antes da nova data de votação, enquanto apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) continuam pressionando pela aprovação da anistia.
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