Após a condenação do ex-presidente por tentativa de golpe, governadores como Tarcísio de Freitas e Ronaldo Caiado criticaram a decisão e defenderam a anistia. Os políticos, de olho nas eleições de 2026, defendem a pacificação e o fortalecimento das instituições.
Governadores cotados para disputar a Presidência da República em 2026 reagiram à decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por cinco crimes, incluindo o de golpe de Estado, foi por 4 a 1. De olho no espólio eleitoral do capitão reformado, os presidenciáveis intensificam acenos à sua base e defendem pautas como a “anistia ampla, geral e irrestrita”.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou em suas redes sociais que a condenação fere o “princípio da presunção da inocência”. Segundo ele, o resultado do julgamento “já era conhecido” e Bolsonaro estaria sendo vítima de “penas desproporcionais”. Tarcísio, por sua vez, voltou a se alinhar ao bolsonarismo radical. “A história se encarregará de desmontar as narrativas e a justiça ainda prevalecerá. Força, presidente. Seguiremos ao seu lado”, escreveu.
Outro nome cotado para as eleições 2026, o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), defendeu a “pacificação” política. Ele criticou o que classificou como perseguição a Bolsonaro. “O Brasil precisa ser pacificado, e isso passa também pelo fortalecimento das nossas instituições, que devem atuar com equilíbrio”, afirmou. Ele acrescentou que “o Brasil precisa virar a página do ódio”.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também atacou a decisão do STF. “Justiça ou Inquisição? A condenação de Bolsonaro pela Primeira Turma do STF acirra a divisão do país, e não é disso que precisamos”, afirmou em publicação nas redes sociais.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou que a decisão do STF confirmou um resultado que, segundo ele, já estava “antecipado”. “Digo ‘mais uma vez’ porque essa condenação já havia sido, de certa forma, antecipada: primeiro, quando lhe foi negado o direito de se defender publicamente; depois, quando até o seu direito de ir e vir foi restringido”, afirmou em nota. Caiado defendeu que o julgamento ocorresse no plenário da Corte. Ele prometeu que, se eleito presidente, assinará a medida de anistia no primeiro dia de mandato.




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