Em entrevista ao Pânico, o parlamentar também discutiu a cassação de Dallagnol e afirmou que Bolsonaro é a liderança legítima da direita: ‘Chama não vai se apagar’
Nesta segunda-feira, 29, o programa Pânico recebeu o senador Rogério Marinho (PL-RN), que falou sobre a possível escolha de Cristiano Zanin para o STF. Para o parlamentar, com a provável indicação do presidente Lula, a votação no Senado deve seguir a favor de escolha do petista. “O que Lula está pensando eu não sei. Imagino, posso especular. Caso ele faça essa indicação, que ainda não foi formalizada, me parece que ela realmente é um pouco forçada, estaria indicando alguém que tem uma afinidade com ele e agride o princípio da impessoalidade”, disse. Como oposição, Marinho assegurou que irá questionar caso a indicação se concretize. “Uma coisa é o meu voto, a pergunta foi outra, se haverá número. Caso ele seja indicado, teremos muita dificuldade de aceitar o nome e faremos a sabatina, vamos questionar no momento oportuno. Acho que tem número [suficiente para aprovar a indicação], sim. Apesar do voto ser secreto, eu dificilmente votaria nele, mas pelo que eu vejo, haverá número”, pontuou.
O senador também comentou sobre o futuro político de Jair Bolsonaro. Para Marinho, o ex-presidente ainda é a maior liderança da direita nacional e, no momento, não há a necessidade de discutir uma sucessão. “Antecipar esse movimento me parece até uma deslealdade com o presidente. A direita brasileira, nos últimos quatro ou cinco anos, saiu literalmente do armário. Eu, que já estou há muito tempo na vida pública, apesar de ter um perfil na minha atuação conservadora, mas liberal na economia, nunca tive muita nitidez desse processo por parte dos meus pares. Não era de bom tom dizer, isso foi resgatado e potencializado pela forma como o presidente Bolsonaro se comportou no exercício do mandato”, explicou. “Liberdade, respeito à propriedade e ao empreendedorismo, o legado das transformações econômicas… Isso tudo une um vasto espectro ideológico no parlamento. Quem representa hoje a direita brasileira, o maior expoente, sem dúvidas nenhuma é o presidente Bolsonaro. Caso ele fique inelegível, é uma questão que a gente vai se debruçar no momento oportuno, mas o fato é que essa chama não vai se apagar.”
No início do ano, Rogério Marinho perdeu a disputa da presidência do Senado para Rodrigo Pacheco. Ao Pânico, ele declarou suas perspectivas sobre o período e opinou sobre a cassação do mandato de Deltan Dallagnol. “Perdemos a eleição para a presidência do Senado, evidentemente, porque nossa pregação não sensibilizou a maioria dos nossos pares. Eu vou repetir a pergunta que me foi feita. Apenas um terço do Senado foi renovado agora. O sentimento que levou esse perfil do parlamento ao Congresso Nacional se refletiu em apenas um terço do Senado”, refletiu.
“No caso do Dallagnol, acreditamos que houve realmente um excesso. O motivo pelo qual ele foi retirado do cargo é que ele havia renunciado ao cargo de promotor para fugir de uma investigação interna que não havia sequer sido aberta. O presidente da Câmara abriu a possibilidade que isso se dê na mesa diretora, esperamos que a mesa diretora se posicione favoravelmente ao Dallagnol. Vamos aguardar”, concluiu.
Fonte: Jovem Pan News
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