Procurador-geral Paulo Gonet aponta alinhamento dos réus com manifestantes golpistas e solicita destituição dos cargos
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou suas alegações finais no processo que investiga a conduta de membros da Polícia Militar do Distrito Federal durante os ataques golpistas de 8 de janeiro. O procurador-geral, Paulo Gonet, defendeu a condenação de dois ex-comandantes e cinco integrantes da corporação por omissão e alinhamento com os manifestantes que pediam intervenção militar.
“O conjunto probatório reunido nos autos indica que, cientes do caráter violento dos atos e com possibilidade de ação, os denunciados aceitaram os resultados almejados pela turba e aderiram voluntariamente à empreitada criminosa”, afirmou Gonet.
Entre os réus estão Fábio Augusto Vieira, Klepter Rosa Gonçalves, Jorge Naime Barreto, Paulo José Ferreira, Marcelo Casimiro, Flávio Silvestre e Rafael Pereira Martins. A PGR sustenta que a cúpula da PM sabia da violência dos atos e falhou em garantir a segurança pública.
As defesas contestam as acusações e alegam que a PGR ignorou um relatório da Polícia Federal que aponta falhas da Secretaria de Segurança Pública. O caso agora segue para análise do relator no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Alexandre de Moraes.
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